Novas Datas

OUTUBRO 14

Como os serões de outros tempos – saudosas reuniões entre familiares ou amigos, aconchegadas, tranquilas, agasalhadas – a programação regular do Espaço Montemuro perpetua momentos de partilha, que reúnem na serra aqueles que encontram aconchego à volta de um produto artístico, sem receios de subir por estradas também de outros tempos, faça chuva ou faça sol. Abre-se assim o Espaço Montemuro com mais frequência ao público durante o ano. No terceiro fim-de-semana de cada mês e com uma programação diversificada, para diferentes públicos-alvo.

RESERVAS: geral@teatromontemuro.com  |  254 689 352 (chamada para rede fixa nacional)

PREÇOS BILHETEIRA

Bilhete normal: 3€ | Sócios ACDR Fôjo: 1,50€ | Residentes na Aldeia de Campo Benfeito e jovens com 13 – 17 anos de idade: 2€ | Menores de 12 anos: gratuito 

O HOMEM DO CAMINHO | Escola da Noite

SINOPSE

O homem do caminho é um monólogo teatral adaptado por Plínio Marcos a partir do conto “Sempre em frente”, que faz parte do segundo volume de Histórias populares: canções e reflexões de um palhaço, publicado em 1987. Com o mesmo título do monólogo, o texto foi posteriormente publicado como a terceira parte do livro de memórias circenses de Plínio Marcos, O truque dos espelhos (1999). É inspirado pelo universo circense e pela cultura cigana, com os quais Plínio conviveu de perto no início da sua carreira, nos seus tempos de palhaço Frajola.
Iur é um dos homens do caminho – anda sem termo, não teme fazer frente ao mistério – e conta-nos esta história na primeira pessoa. Tem três nomes, sendo que um deles é desconhecido pelo próprio Iur. Essa condição da personagem é uma forma de enganar a morte, pois quando chegar a sua vez, ele não vai escutar o chamamento. Declara que um saltimbanco reúne três grandes artes: contar histórias, ser mestre de enganos, roubos e ilusões e o sexo. “O homem do caminho” apresenta as artes nómadas como um acto de libertação dos seus públicos, entre os quais se destacam, por um lado, os homens – “fixos” – associados a uma vida rígida, burocrática e repressiva; e, por outro lado, as mulheres – contidas, desoladas e silenciosas – presas às vidas “secas” ao lado dos “homens-pregos”.
As histórias de Iur oferecem uma reflexão sobre poder, egoísmo, manipulação, luta de classes e o sentido da existência humana, no limbo entre a liberdade e as amarras que a condicionam ou oprimem.

FICHA TÉCNICA

texto Plínio Marcos
encenação e espaço cénico José Caldas
interpretação Allex Miranda e José Caldas
direção musical Allex Miranda
figurinos e adereços Ana Rosa Assunção
desenho de luz Danilo Pinto e José Caldas
som Zé Diogo

M/16 > duração aproximada: 60’